Alckmin vai passar bem longe das manifestações anti-Dilma
Embora o PSDB discuta nos bastidores a possibilidade de ampliar seu envolvimento nos protestos anti-Dilma, o governador Geraldo Alckmin já avisou que vai continuar evitando o envolvimento direto nas manifestações.
Parte do partido defende que, diferentemente do que ocorreu em 15 de março, os tucanos participem ativamente e tomem a linha de frente nos atos convocados para o próximo dia 15. Há, por exemplo, propostas para que o senador tucano Aécio Neves, presidente nacional do PSDB e candidato derrotado à Presidência, vá para a rua.
Hoje, Alckmin e Aécio são os dois nomes que aparecem no topo da lista de possíveis candidatos do PSDB à Presidência em 2018. De um lado, avaliam interlocutores dos dois tucanos, a participação nos protestos poderia render uma vitrine e tornar mais direta a associação do partido e de seus principais líderes ao “sentimento anti-PT”.
Do outro, há quem defenda que a jogada é arriscada demais. Primeiro, o risco de aproximação com grupos que defendem o impeachment poderia render aos tucanos a fama de “golpistas”.
Por via das dúvidas, Alckmin achou melhor ficar de fora. O que pode acontecer é alguns de seus secretários comparecem aos protestos, com o discurso de que apoiam democraticamente as manifestações.
Esperto esse Alckmin. Ele sabe que pode precisar da Dilma até 2018 por isso não quer se arriscar a aparecer nas manifestações. Malandrinho !
Geraldo Alckmin ocupa hoje o cargo de Governador de Estado. As ações políticas de oposição ao governo federal é atividade para os parlamentares e para o partido. Alckmin tem que se dedicar à sua missão de governar o estado mais importante da federação. É por isso que ele não está envolvido nas manifestações.