‘Mulher de Delúbio é militante histórica’, diz vice-presidente do PT
A decisão de alocar a mulher do ex-tesoureiro do partido Delúbio Soares, Mônica Valente, na nova executiva nacional do PT foi tomada por ela ser “militante histórica” do partido. É o que afirma o vice-presidente da legenda, Alberto Cantalice, que na semana passada foi reconduzido ao posto, como resultado da eleição interna realizada em novembro.
Na montagem da nova direção petista, passou a valer a mudança no estatuto que prevê obrigatoriedade na maior participação de mulheres, jovens e minorias étnicas na executiva.
“Não tem problema com isso, absolutamente. Ela é militante histórica”, afirma Cantalice. Mônica Valente será secretária de Relações Internacionais do PT/
O principal objetivo da nova diretoria, segundo ele, é criar as condições para reeleger a presidente Dilma Rousseff. Leia abaixo a conversa de Cantalice com o Poder Online:
Quando vai ser a primeira reunião da executiva e quais os objetivos da gestão?
Ainda não marcamos a data, mas será no mês de janeiro. Nosso objetivo central é construir a candidatura da Dilma. Também vamos preparar a juventude para a renovação do partido, para comandar o partido no futuro. Isso já é uma preocupação, uma decisão do partido. Como dizem os italianos, é o aggiornamento meteo.
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E as candidaturas estaduais? Alguns Estados, como Maranhão, Rio Grande do Norte e Pernambuco, tiveram problemas nas eleições internas do partido justamente pela divergência nas alianças.
Todas as divergências sobre o PED foram resolvidas, só ficou Maranhão, que devemos concluir na semana que vem. Estamos avaliando se lançamos candidatura própria lá. Somos um partido grande, temos que nos apresentar, pode ser uma saída.
Ter a mulher de um dos condenados no mensalão na executiva nacional do PT não pode atrapalhar durante a campanha eleitoral?
Não tem problema com isso, absolutamente. Ela é militante histórica, não tem isso. E é bom ter experiência (de militância) para ajudar dirigir o partido.
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Que balanço o senhor faz do congresso do PT?
O congresso vai continuar em 2015, mas cumpriu a missão de dar posse à nova direção e traçar linhas de ações, como ampliar a comunicação do partido com os movimentos sociais e a militância, fortalecer o partido e ganhar a eleição de 2014.